É o tipo menos frequente de câncer de pele, porém é o que apresenta pior prognóstico e o maior índice de mortalidade. Este tipo de câncer tem origem nos melanócitos (células que produzem melanina, que é o pigmento que dá cor à pele). Apesar de ter uma maior ocorrência em indivíduos de pele clara, qualquer pessoa poderá desenvolver melanoma, incluindo asiáticos e afrodescendentes.
Melanoma extensivo superficial: é o tipo mais comum de melanoma. Em geral apresenta-se como pintas irregulares e assimétricas em diversos tons de marrom, preto e branco. Tons arroxeados e azulados podem estar presentes. Pessoas de pele clara e que se queimam com facilidade quando se expõem ao sol têm risco aumentado de desenvolver a doença.
Melanoma nodular: é o tipo de melanoma mais agressivo. Apresenta-se como lesão elevada, marrom-avermelhada ou preta (mas também pode ser castanho-claro ou avermelhado) bem delimitada. Devido à presença de ulceração, a lesão pode sangrar facilmente
Lentigo maligno: surge principalmente na face, sendo responsável por 10% a 26% dos casosdos melanomas de cabeça e pescoço. Nas fases iniciais o diagnóstico diferencial se faz com outras manchas pigmentadas da face, como lentigo solar, ceratose actínica pigmentada, e até mesmo melasma. Porém, o diagnóstico correto é crucial para a terapia adequada. Caracteristicamente o tratamento definitivo deste tipo de melanoma é de grande complexidade devido (1) ao elevado índice de margens comprometidas no ato cirúrgico, (2) recorrências e (3) tentativa de se preservar ao máximo uma unidade cosmética de tamanha importância: a face.
Melanoma acral lentiginoso: não está associado à exposição solar, sendo mais frequente em afrodescendentese asiáticos. Desenvolve-se nas plantas dos pés (local mais frequente), palmas das mãos e unhas. Inicialmente, pode se assemelhar a uma pinta, trauma ou mancha. Bob Marley acabou falecendo em decorrência de um melanoma acral lentiginoso.
Embora a radiação solar seja o principal fator de risco, o melanoma também pode surgir em áreas não expostas ao sol, como olhos, boca, genitália, unhas. Importante salientar que a hereditariedade também desempenha um papel central: o risco de desenvolver a doença aumenta quando há casos confirmados em familiares de primeiro grau. Sendo assim, os familiares de pacientes diagnosticados com melanoma devem se submeter a exames dermatológicos adequados periodicamente.
Apesar do diagnóstico de melanoma gerar medo e apreensão aos pacientes, as chances de cura são >90% quando o diagnóstico e o tratamento são realizados precocemente e de forma adequada. Porém, quando a doença é diagnosticada em estágios mais avançados o risco aumentado de desenvolver metástase (quando as células malignas se disseminam para outros órgãos) reduz as possibilidades de cura. Por isso, o diagnóstico precoce é fundamental!